sábado, 19 de maio de 2012

O ESPÍRITO DE CRISTO COMO PRINCÍPIO INTERIOR DE TODO O NOSSO AGIR


A catequese de Bento XVI na Audiência Geral

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 16 de maio de 2012.
Queridos irmãos e irmãs,
Nas últimas catequeses refletimos sobre a oração nos Atos dos Apóstolos, hoje gostaria de começar a falar sobre a oração nas cartas de São Paulo, o apóstolo dos gentios. Antes de tudo, queria fazer notar como as suas cartas sejam introduzidas e se fechem com expressões de oração: no início agradecimento e louvor, e no final, desejo de que a graça de Deus guie o caminho das comunidades as quais é endereçada a carta. Entre a fórmula de abertura: "agradeço o meu Deus por meio de Jesus Cristo" (Rm 1,8), e o desejo final: "a graça do Senhor Jesus esteja com todos vocês" (I Cor. 16,23), se desenvolvem os conteúdos das cartas do Apóstolo. Aquela de São Paulo é uma oração que se manifesta em uma grande riqueza de formas que vão desde o agradecimento à benção, do louvor ao pedido de intercessão, do hino à súplica: uma variedade de expressões que demonstra como a oração envolva e penetre todas as situações da vida, sejam aquelas pessoais, sejam aquelas das comunidade às quais se dirige.
Um primeiro elemento que o apóstolo quer nos fazer compreender é que a oração não deve ser vista como uma simples obra boa feita por nós para Deus, uma ação nossa. É, antes de tudo, um dom, fruto da presença viva, vivificante do Pai e de Jesus Cristo em nós. Na carta aos Romnanos, escreve: "Do mesmo modo, o Espírito Santo vem em auxílio à nossa fraqueza: não sabemos, de fato, como rezar em modo conveniente, mas o Espírito mesmo intercede com gemidos inefáveis (8,26). E sabemos como é verdadeiro o que diz o Apóstolo: "Não sabemos como rezar em modo conveniente". Queremos rezar, mas Deus está distante, não temos as palavras, a linguagem para falar com Deus, nem mesmo o pensamento. Podemos somente nos abrir, colocar o nosso tempo à disposição de Deus, esperar que Ele nos ajude a entre em verdadeiro diálogo. O apóstolo diz: exatamente essa falta de palavas, essa ausência de palavras, e também o desejo de entrar em contato com Deus, é a oração que o Espírito Santo não somente entende, como leva, interpreta diante de Deus. Exatamente essa nossa fraqueza se torna, através do Espírito Santo, verdadeira oração, verdadeiro contato com Deus. O Espírito Santo é quase um intérprete que faz com que Deus entenda aquilo que queremos dizer.
Na oração nós experimentamos, mais que em outras dimensões da existência, a nossa fraqueza, a nossa pobreza, o nosso ser criaturas, porque somos colocados diante da Onipotência e da transcendência de Deus. E quanto mais progredimos na escuta e no diálogo com Deus, para que a oração se torne o respiro cotidiano da nossa alma, mais percebemos a dimensão do nosso limite, não somente diante das situações concretas de cada dia, mas também em relação ao próprio relacionamento com o Senhor. Cresce então em nós, a necessidade de confiar, de confiarmo-nos sempre mais a Ele; compreendemos que "não sabemos...como rezar de modo conveniente" (Rom 8,26). E é o Espírito Santo que ajuda a nossa incapacidade, ilumina a nossa mente e esquenta o nosso coração, guiando o nosso dirigir-se a Deus. Para São Paulo, a oração é, sobretudo, o agir do Espírito Santo na nossa humanidade, que se encarrega da nossa fraqueza e transforma-nos de homens ligados às realidades materiais em homem espirituais. Na primeira Carta aos Coríntios diz: "Agora, nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito de Deus para conhecer aquilo que Deus nos deu. Desta nós falamos, com palavras não sugeridas pela sabedoria humana, mas sim, ensinadas pelo Espírito, exprimindo coisas espirituais em termos espirituais" (2,2-12). Com o seu habitar na nossa fragilidade humana, o Espírito Santo nos transforma, intercede por nós, nos conduz às alturas de Deus (Rom 8,26).
Com essa presença do Espírito Santo se realiza a nossa união a Cristo, já que se trata do Espírito do Filho de Deus, no qual nos tornamos filhos. São Paulo fala do Espírito de Cristo (Rom 8,9), não somente do Espírito de Deus. É obvio: se Cristo é o Filho de Deus, o seu Espírito é também Espírito de Deus e assim, se o Espírito de Deus, Espírito de Cristo, se torna já muito próximo a nós no Filho de Deus e no Filho do Homem, o Espírito de Deus se torna também espírito humano e nos toca; podemos entrar na comunhão do Espírito. É como se disesse que não somente Deus Pai se fez visível: na Encarnação do Filho, mas também o Espírito de Deus se manifesta na vida e na ação de Jesus, de Jesus Cristo, que viveu, foi crucificado, morreu e ressuscitou. O Apóstolo recorda que "ninguém pode dizer "Jesus é o Senhor", se não sob a ação do Espírito Santo" (I Cor 12,3). Portanto, o Espírito orienta o nosso coração a Jesus Cristo, de modo que não sejamos mais nós a viver, mas Cristo a viver em nós" (Gal 2,20). Nas suas Catequeses sobre os Sacramentos, refletindo sobre a Eucaristia, Santo Ambrósio afirma: "Quem se inebria do Espírito, está enraizado em Cristo" (5,3.17: PL 16, 450).
E gostaria agora de evidenciar três consequências da nossa vida cristã quando deixar operar em nós não o Espírito do mundo, mas o Espírito de Cristo como princípio interior de todo o nosso agir.
Antes de tudo, com a oração animada pelo Espírito, somos colocados em condição de abandonar e superar todo medo e escravidão, vivendo a autêntica liberdade dos filhos de Deus. Sem a oração que alimenta cada dia o nosso ser em Cristo, em uma intimidade que cresce progressivamente, nos encontramos na condição descrita por São Paulo na Carta aos Romanos: não fazemos o bem que queremos, mas sim, o mal que não queremos(Rom 7,19). E esta é a expressão de alienação do ser humano, de destruição da nossa liberdade, para as circunstâncias do nosso ser para o pecado original: queremos o bem que não fazemos e fazemo aquilo que não queremos, o mal. O Apóstolo quer fazer entender que não é a nossa vontade a liberar-nos desta condições e nem mesmo a Lei, mas sim, o Espírito Santo. E já que, "onde está o Espírito do Senhor, está a liberdade" (II Cor 3,17),com a oração experimentamos a liberdade doada pelo Espírito: uma liberdade autêntica, que é liberdade  do mal e do pecado, para o bem e para a vida, para Deus. A liberdade do Espírito, continua São Paulo, não se identifica nunca com a libertinagem, nem com a possibilidade de fazer a escolha pelo mal, mas sim, com o fruto do Espírito que é amor, alegria, paz, magnamidade, benevolência, bondade, fidelidade, mansidão e domínio de si" (Gal 5,22). Esta é a verdadeira liberdade: poder realmente seguir o desejo do bem, da verdaeira alegria, da comunhão com Deus e não ser oprimido pelas circunstâncias que nos pedem outras direções.
Uma segunda consequência se verifica na nossa vida quando deixamos agir em nós o Espírito de Cristo é que o relacionamento com o próprio Deus se torna tão profundo ao ponto de não ser corrompido por nenhuma realidade ou situação. Compreendemos então que com a oração não somos liberados das provas ou dos sofrimentos, mas podemos vivê-los em união com Cristo, com os seus sofrimentos, na expectativa de participar também da sua glória (Rom 8,17). Muitas vezes, na nossa oração, pedimos a Deus de sermos liberados do mal físico e espiritual, e o fazemos com grande confiança. Todavia, frequentemente temos a impressão de não sermos ouvidos e então caímos no risco de nos desencorajarmos e de não perseverar. Na realidade, não existe grito humano que não escutado por Deus e exatamente na oração constante e fiel, compreendemos com São Paulo que os sofrimentos do tempo presente não impedem a glória futura que será revelada em nós (Rom 8,18). A oração não nos isenta da prova ou dos sofrimentos, mas - diz São Paulo -  nós gememos interiormente esperando a adoração de filhos, a redenção do nosso corpo" (Rom 8,26); ele diz que a oração não nos isenta do sofrimento, mas a oração nos permite vivê-lo e enfrentá-lo com uma força nova, com a mesma confiança de Jesus, o qual - segundo a carta aos hebreus - "nos dias da sua vida terrana ofereceu orações e súplicas com fortes gritos e lágrimas, a Deus que podia savá-lo da morte e, pelo seu pleno abandono, foi ouvido" (5,7). A resposta de Deus Pai ao Filho, aos seus fortes gritos e lágrimas, não foi a libertação dos sofrimentos, da cruz, da morte, mas foi uma realização muito maior, uma resposta muito mais profunda; através da cruz e da morte, Deus respondeu com a ressurreição do Filho, com a nova vida. A oração animada pelo Espírito Santo leva-nos também a viver cada dia o caminho da vida com suas provas e sofrimentos, na plena esperança, na confiança em Deus que responde como respondeu a seu Filho.
E, terceiro, a oração do fiel se abre também às dimensões da humanidade e de toda a criação, tomando a ardente expectativa da criação, colocada em direção à revelação dos filhos de Deus (Rom 8,19). Isso significa que a oração, sustentada pelo Espírito de Cristo que fala no íntimo de nós mesmos, não fica nunca presa em si mesma, não é somente uma oração por mim, mas se abre à divisão dos sofrimentos do nosso tempo, dos outros. Se torna intercessão pelos outros, e assim liberação de mim, canal de esperança para toda a criação, expressão daquele amor de Deus que foi derramos sobre os nosso corações por meio do Espírito que nos foi dado (Rom 5,5). E exatamente esse é um sinal de verdadeira oração, que não se encerra em nós mesmos, mas se abre aos outros e assim me libera, assim ajuda a redenção do mundo.
Queridos irmãos e irmãs, São Paulo nos ensina que na nossa oração devemos abrir-nos à presença do Espírito Santo, o qual reza em nós com gemidos inexprimíveis, para levar-nos a aderir a Deus com todo o nosso coração e com todo o nosso ser. O Espírito de Cristo se torna a força da nossa oração "fraca", a luz da nossa oração "apagada", o fogo da nossa oração "árida", doando-nos a verdadeira liberdade interior, ensinando-nos a viver enfrentando as provas da existência, na certeza de não estarmos sós, abrindo-nos aos horizontes da humanidade e da criação " que geme e sofre as dores de parto" (Rom 8,22).
Obrigado!

A FORÇA DA ORAÇÃO INCESSANTE


Catequese de Bento XVI na Audiência Geral


CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 09 de maio de 2012.
 Queridos irmãos e irmãs
Hoje gostaria de deter-me sobre o último episódio da vida de São Pedro narrado nos Atos Apóstolos: a sua prisão segundo o querer de Herodes Agripa e a sua libertação pela intervenção prodigiosa do Anjo do Senhor, na vigília do seu processo em Jerusalém (At 12,1-17).
A narração é mais uma vez marcada pela oração da Igreja. São Lucas, de fato, escreve: "Enquanto Pedro estava no cárcere, da Igreja subia incessantemente a Deus uma oração por ele" (At 12,5). E depois de ter milagrosamente deixado o cárcere, em ocasião de sua visita à Casa de Maria, a mãe de João Marcos, se afirma que “muitos estavam reunidos e rezavam” (At 12,12). Entre essas duas anotações importantes que ilustram a atitude da comunidade cristã diante do perigo e da perseguição, é narrada a detenção e a libertação de Pedro, que compreende toda a noite. A força da oração incessante da Igreja se eleva a Deus e o Senhor escuta e realiza uma libertação impensável e inesperada, enviando seu Anjo.
A narração enfatiza os grandes elementos da libertação de Israel da escravidão do Egito - a Páscoa hebraica. Como aconteceu naquele evento fundamental, também aqui, a ação principal é cumprida pelo anjo do Senhor que liberta Pedro. E as mesmas ações do Apóstolo - ao qual foi pedido que se levantasse rapidamente, colocasse o cinto e o cingisse à cintura - relembram aquelas do povo eleito na noite da libertação por intervenção de Deus, quando convidado para comer às pressas o cordeiro, que estivessem cingidos, com sandálias aos pés, bastão nas mãos, pronto para sair do país (Ex 12,11). Assim Pedro pode exclamar: "Agora sei verdadeiramente que o Senhor mandou seu anjo e me arrancou das mãos de Herodes" (At 12,11). Mas o Anjo representa não somente aquele da libertação de Israel do Egito, mas também aquele da Ressurreição de Cristo. Narram, de fato, os Atos dos apóstolos: "Eis que se apresentou um anjo do Senhor e uma luz fulgurante tomou a cela. Ele tocou o lado de Pedro e o despertou" (At 12,7). A luz que preenche o local da prisão, a ação de despertar o apóstolo, remontam à luz libertadora da Páscoa do Senhor que vence as trevas da noite e do mal. O convite, de fato: "Coloques o manto e segue-me" (At 12,8), faz ressoar no coração, as palavras do chamado inicial de Jesus (Mar 1,17), repetida depois da ressurreição no lago de Tiberíades, onde o Senhor diz por duas vezes a Pedro: "Segue-me" (Jo 21,19.22). É um convite apressado de seguimento: somente saindo de si mesmo para colocar-se em caminho com o Senhor e fazer a sua vontade, se vive a verdadeira liberdade.
Gostaria de destacar também outro aspecto da atitude de Pedro na prisão; notamos, de fato, que, enquanto a comunidade cristã reza com insistência por ele, Pedro "dormia" (At 12,6). Em uma situação tão crítica e de sério perigo, é uma atitude que pode parecer estranha, mas que, ao invés, representa tranquilidade e confiança; ele se confia a Deus, sabe que está circundado pela solidariedade e pela oração dos seus e se abandona totalmente nas mãos do Senhor. Assim deve ser a nossa oração: assídua, solidária com os outros, plenamente confiante em Deus que nos conhece no íntimo e cuida de nós ao ponto que - diz Jesus - "até o cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não tenhais medo" (Mat 10, 30-31). Pedro vive a noite na prisão e da libertação do cárcere como um momento que faz parte da sua escolha em seguir o Senhor, o qual vence as trevas da noite e liberta da escravidão das cadeias e do perigo da morte. A sua é uma libertação prodigiosa, marcada por várias passagens descritas acuradamente: guiado pelo Anjo, apesar da vigilância dos guardas, atravessa o primeiro e o segundo posto de guarda, até a porta de ferro que o conduz para a cidade: e a porta se abre sozinha diante deles (At 12,10). Pedro e o Anjo do Senhor cumprem juntos uma parte da estrada, até que, entrando em si mesmo, o Apóstolo se dá conta que o Senhor realmente o libertou e, depois de ter refletido, se direciona à casa de Maria, a mãe de Marcos, onde
muitos dos discípulos estão reunidos em oração; mais uma vez a resposta da comunidade diante da dificuldade e do perigo é confiar-se a Deus, intensificar o relacionamento com Ele. 
Aqui me parece útil enfatizar uma outra situação não fácil que viveu a comunidade cristã das origens. São Tiago fala sobre isso na sua carta. É uma comunidade em crise, em dificuldade, não tanto por causa das perseguições, mas porque dentro estão presentes ciúmes e contendas. (Tiago 3,14-16). E o Apóstolo se pergunta o porquê daquela situação. Ele encontra dois motivos principais: o primeiro é o deixar-se dominar pelas paixões, pela ditadura do próprio querer, pelo egoísmo (Tiago 4,3); o segundo é a falta de oração - “não pedis” (Tiago 4,2b) – ou a presença de uma oração que não se pode definir como tal - “pedis e não obtenhais, poque pedis mal, para satisfazer as vossas paixões. Essa situação mudaria, segundo São Tiago, se a comunidade falasse unida com Deus, pela continuidade de um diálogo vivo com o Senhor. Um aspecto importante também para nós e nossas comunidades, sejam aquelas pequenas como a família, sejam aquelas mais vastas como a paróquia, a diocese, a Igreja inteira. Me faz refletir que as pessoas rezaram nessa comunidade de São Tiago, mas rezaram mal, somente pelas próprias paixões. Devemos sempre de novo aprender a rezar bem, rezar realmente, orientar-se para Deus e não em direção ao bem próprio.

A comunidade, em vez, que acompanha a prisão de Pedro é uma comunidade que reza verdadeiramente, por toda a noite, unida. E é uma alegria que não se pode conter aquela alegria que invade o coração de todos quando o Apóstolo bate inesperadamente a porta. São a alegria e o estupor diante da ação de Deus que escuta. Assim a Igreja eleva a oração por Pedro, e para a Igreja ele volta para narrar "como o Senhor o havia tirado da prisão" (At 12,17). Naquela Igreja onde ele é colocado como rocha (Mat 16,18), Pedro conta a sua ‘Páscoa’ de libertação: ele experimenta que no seguimento de Jesus está a verdadeira liberdade, se é envolvido por uma luz resplandecente da Ressurreição e por isso, se pode testemunhar até o martírio que o Senhor Ressuscitou e que verdadeiramente mandou o seu anjo que o arrancou das mãos de Herodes (At 12,11). O martírio que sofrerá depois em Roma o unirá definitivamente a Cristo, que o havia dito: quando fores velho outro te levará para onde não queres ir - para indicar com qual morte ele teria que glorificar a Deus. (Jo 21,18-19).

Queridos irmãos e irmãs, o episódio da libertação de Pedro narrado por Lucas, nos diz que a Igreja, cada um de nós, atravessa a noite da prova, mas é a vigilância incessante da oração que nos sustenta. Também eu, desde o primeiro momento de minha eleição como Sucessor de São Pedro, me senti sempre amparado pela vossa oração, pela oração da Igreja, sobretudo nos momentos mais difíceis. Agradeço de coração. 
Com a oração constante e confiante, o Senhor nos liberta das correntes, nos guia para atravessar qualquer que seja a noite de prisão que possa tomar nosso coração, nos dá a serenidade do coração para enfrentar as dificuldades da vida, também a rejeição, a oposição, a perseguição. O episódio de Pedro mostra essa força da oração. E o Apóstolo, mesmo acorentado, se sente tranquilo, na certeza de nunca estar sozinho: a comunidade está rezando por ele, o Senhor está próximo a ele; e mais ainda: ele sabe que a força de Cristo se manifesta plenamente na fraqueza" (II Cor 12,9). A oração constante e unânime é um precioso instrumento também para superar as provas que podem surgir no caminho da vida, porque é o estar profundamente unidos a Deus que nos permite de estarmos também profundamente unidos aos outros. Obrigado.